24 de janeiro de 2020 – terceira aula de Clínica Psicorporal das Psicoses e dos Transtornos Mentais

Nessa aula o Henrique trouxe a proposta de discutirmos a esquizofrenia e os transtornos mentais. Segundo ele, muitos reichianos afirmam que é complicado trabalhar com a esquizofrenia, pois a teoria reichiana se desenvolveu em cima da neurose, então não haveria muito subsídio teórico para o trabalho corporal com indivíduos esquizofrênicos. Então, uma coisa que achei necessária após a aula foi recorrer aos dicionários e vocabulários de psicanálise para conseguir definições de esquizofrenia, e o que encontrei foi o seguinte: Continue reading

08 de novembro de 2019 – Primeira aula de Clínica Psicorporal das Psicoses e dos Transtornos Mentais

Esse foi o primeiro curso oferecido na sexta-feira neste tempo que estou na formação; para mim isso é excelente, pois dificilmente tenho coisas para fazer na sexta-feira à noite, geralmente inclusive tenho ido para a casa do Wilian (um amigo que mora na Lapa e me abriga nos finais de semana de formação) já na sexta-feira. Esse curso também me interessou bastante pela sua temática, pois os dois cursos livres que fiz até então foram de técnicas corporais, e muito peso da formação, até então, é colocado nesse tipo de coisa; eu procuro entender a presença do corpo na clínica reichiana mais por um viés de compreensão de que corpo e mente são uma unidade funcional do que nessa perspectiva de “temos que agir diretamente sobre o corpo”. Pensar e problematizar a psicose também me é muito interessante pois a tradição psicanalítica, na qual a Análise do Caráter se encaixa, é muito focada na neurose, então acaba que temos pouco material para pensar e trabalhar com a psicose. Esses fatores me levaram a escolher esse curso livre ao invés do único outro que foi oferecido nesse semestre, Oficina do Corpo V. Continue reading

13 de outubro de 2019 – sexta aula de Técnicas Complementares do Trabalho Reichiano

Nessa aula o Pedro anunciou que ele daria “uma introdução da introdução da craniossacral”, e eu fiquei durante toda a aula pensando o que exatamente seria essa “craniossacral”, à qual ele se referia sempre sem uma palavra que desse “sustentação” a ela. Tomei para mim que a palavra que estava faltando era “massagem”; pesquisando depois em casa, descobri que essa palavra seria “terapia” – mas que, na prática, não se afasta muito de uma massagem. Ele disse que está fazendo um curso dessa técnica e que, vendo interfaces dela com o trabalho corporal de base reichiana, resolver trazer algumas poucas noções nessa aula; disse também que planeja, assim que acabar o curso, estruturar um curso livre no IFP sobre essa técnica. Continue reading

15 de setembro de 2019 – quinta aula de Técnicas Complementares do Trabalho Reichiano

Iniciamos mais uma aula entrando em definições de conceitos físicos, dessa vez sobre raio, que foi definido como “ativação de elétrons, e o raio inclusive se dá da terra para o céu e não do céu pra terra – a gente tem essa ilusão, mas na verdade o raio se dá da terra pro céu. É uma diferença de potencial que faz com que haja uma mobilização das moléculas num percurso”. Mais uma vez, definições erradas; dessa vez eu não recordo qual era o contexto, imagino que algum assunto sobre energia, pois quando eu liguei o gravador o papo já era esse. Eu entendo muito pouco de meteorologia e de fenômenos elétricos, mas com um pouco de curiosidade e estudo percebe-se que essa afirmação não é exata. Continue reading

11 de agosto de 2019 – quarta aula de Técnicas Complementares do Trabalho Reichiano

  O Pedro iniciou dizendo que nessa aula trabalharíamos a raiva, e pediu para que as pessoas dissessem o que entendem por raiva, definições de senso comum mesmo; apareceram coisas como “cabeça quente”, “dentes trincados”, “braços rígidos”, “a raiva é muito mal vista”, “se defender, se posicionar”; a partir de algumas coisas que foram ditas, uma pessoa colocou que, para ela, raiva e agressividade não são a mesma coisa – eu também fiquei com esse registro, pois o Pedro algumas vezes já fez essa diferenciação, se não me engano inclusive ele diz que o Reich propõe que existem três sentimentos básicos (felicidade, medo e raiva), e que ele, Pedro, prefere substituir a ideia de “raiva” pela de agressividade. Continue reading

14 de julho de 2019 – terceira aula de Técnicas Complementares do Trabalho Reichiano

Ao iniciar a aula, o Pedro anunciou que iríamos trabalhar com uma técnica da Biodinâmica, que atualmente possui um desdobramento da Psicorgânica, criada por Peter Boysen, filho da Gerda Boysen, criadora da Biodinâmica. Para isso, ele fez uma introdução contextualizando a Biodinâmica a partir de algumas informações que detinha e de trechos do livro “Entre a Psiquê e o Soma – introdução à psicologia biodinâmica” de Gerda Boyesen. Continue reading

30 de junho de 2019 – Segunda aula de Técnicas Complementares do Trabalho Reichiano

  Nessa aula, o Pedro trouxe algumas lanternas para fazermos os trabalhos desse encontro em cima dessa técnica; eu estava um pouco curioso para ter contato com isso, pois é uma coisa que ouço muito comentário quando o assunto são as técnicas de vegetoterapia – é “lanterna isso” pra cá, “lanterna aquilo” pra lá e coisas assim. Basicamente é um trabalho com o segmento ocular que utiliza uma lanterna como ponto focal, facilitando a atenção e acompanhamento desse ponto por parte do paciente; não entendi, assim, o motivo de tantos comentários acerca disso. Não há dúvidas de que é uma técnica interessante, mas me pareceu muito mais um acréscimo de ferramenta na técnica de pedir que o paciente olhe para cá, para lá, acompanhe o dedo do paciente e coisas assim do que uma nova técnica – novamente, ficou claro para mim que a inclusão da lanterna potencializa e faz todo o sentido com esse trabalho, minha questão é mais com as pessoas falando disso, “a lanterna”, “o trabalho com a lanterna”, como se fosse uma coisa muito avançada ou completamente nova. Foi excelente ter uma aula dedicada a isso, assim pudemos experimentar o trabalho e perceber quais as dificuldades e potências que ele trás. Continue reading

12 de maio de 2019 – primeira aula de Técnicas Complementares do Trabalho Reichiano

Iniciamos a disciplina com uma discussão sobre como vai funcionar o curso, pois ele vai gerar algumas necessidades materiais; o professor falou em duas coisas: o estetoscópio e a lanterna. Em relação ao estetoscópio, seria necessário fazer-lhe uma extensão, pois precisaríamos nos movimentar enquanto utilizamos o aparelho para escutar os sons do segmento abdominal do paciente, dos intestinos; mas, segundo o professor, essa modificação de extensão não é permanente, pode-se adaptar uma mangueirinha de chuveiro como extensão e isso seria facilmente reversível depois. Em relação à lanterna surgiu uma dificuldade pois parece que é difícil encontrar uma lanterna com o foco de luz pequeno, geralmente as lanternas atuais são de LED e com um foco grande; eu propus que construíssemos a nossa própria lanterna, então, usando um LED de alto brilho e uma bateria, talvez adicionando um trimpot de 1k para controlar o brilho, e combinamos de tentar fazer uma oficina lá mesmo no IFP para construirmos em conjunto essas lanternas. Continue reading

07 de abril de 2019 – sexta aula de Oficina do Corpo IV

Infelizmente essa foi uma aula onde eu cheguei atrasado e, pelo que entendi, foi uma aula com uma explicação inicial do exercício bem extensa, pois acredito que cheguei mais de uma hora atrasado e o professor ainda estava dando as explicações, sem ter iniciado o trabalho corporal.

O meu atraso se deveu a um acúmulo de questões trazidas da reunião de formação de turma do dia anterior; quem leu o boletim do mês de maio tem uma descrição um pouco mais detalhada do que foi mas, em resumo, saí dessa reunião triste por ver um espaço que dizia procurar o consenso abandonar esse valor diante de pequenas dificuldades. Sempre sinto um clima de “profecia auto cumprida” nesses casos, do tipo pessoas que dizem “o consenso não funciona” mas são justamente elas que dificultam qualquer possibilidade de se estabelecer uma lógica do consenso. Como dormi na casa de um amigo, ao acordar começamos a trocar uma ideia sobre isso e, quando percebi, já estava atrasado para a aula. Continue reading

31 de março de 2019 – quinta aula de Oficina do Corpo IV

Essa foi a primeira vez na oficina que não fizemos um trabalho diretamente focado na respiração. No início do encontro o professor fez uma pequena explicação sobre o exercício que iríamos fazer, e achei isso muito importante, inclusive havia pedido isso no final do encontro passado, pois sempre fazíamos o exercício, compartilhávamos as impressões em roda mas não era exatamente nos explicado o objetivo daquele acting no trabalho psicoterapêutico.

Nessa aula iniciamos com o acting do gato, que já havíamos feito há dois encontros atrás; na sua explanação inicial o professor disse que esse acting é usado para trabalhar a raiva e, assim como os exercícios de respiração, pode ser utilizado no trabalho com o segmento diafragmático ou abdominal, alterando o foco que se pede ao paciente na expiração, se pela boca ou pelo nariz. Continue reading