17 de fevereiro de 2019 – quarta aula de Oficina do Corpo IV

Nesse dia iniciamos o trabalho com o segmento abdominal; foram três encontros trabalhando com o segmento diafragmático, serão três agora trabalhando o abdominal. Como iniciamos um novo segmento, o início do encontro foi dedicado à teoria; não tivemos grandes aprofundamentos, na maior parte do tempo as pessoas ficaram respondendo à provocação do professor sobre “o que vem à cabeça quando falamos do abdômen” – a maioria absoluta das vezes com frases populares como “borboletas no estômago”, “frio na barriga”, “fulano está enfezado” etc. O professor enfatizou mais uma vez que os segmentos corporais não são estanques, não há um exato limite de onde começa um e termina o outro; no caso dos segmentos diafragmático e abdominal, eles estão superpostos, visto o posicionamento do diafragma e sua movimentação. Geralmente o que é nasal tem relação com o segmento diafragmático, enquanto aquilo que é oral se relaciona com o segmento abdominal. Como é pela boca que iniciamos o processo de processamento dos alimentos, o segmento abdominal está relacionado, do ponto de vista simbólico, com união e separação, com o como você processa aquilo que recebe. Continue reading

16 de fevereiro de 2019 – terceira e quarta aulas de Introdução ao Pensamento Reichiano

Antes do início propriamente dito da aula o professor falou da importância de fazer uma contextualização histórica do pensamento reichiano para que possamos entender algumas questões que se colocam hoje, e trouxe o exemplo da homossexualidade: para Reich a potência orgástica plena não poderia ser alcançada em uma relação homossexual, entendendo a homossexualidade como um desvio da energia sexual; apesar disso, no campo político sempre lutou para que não houvesse repressão à homossexualidade. Segundo esse professor, os coordenadores do IFP não concordam com essa posição, dizendo inclusive que há algum diálogo para a criação de um seminário ou alguma coisa nesse sentido sobre esse assunto. Parece que existe alguma controvérsia sobre Reich ter repensado essa questão da homossexualidade no final da sua vida ou não. Para o professor, o problema é que colocar que a potência orgástica plena só pode ser atingida em uma relação heterossexual limita a uma questão anatômica e não engloba a questão energética; segundo ele “pode haver, entre duas pessoas do mesmo sexo, uma carga energética, uma descarga energética a nível de você estar… bem no seu fluxo energético”. Continue reading

27 de janeiro de 2019 – terceira aula de Oficina do Corpo IV

O início dessa aula foi muito similar às duas outras: nos dividimos em duplas, uma pessoa deitava no colchonete para fazer o papel de paciente enquanto a outra ficava ao seu lado fazendo o papel de terapeuta (o que depois era revezado); inicialmente, pedia-se ao paciente que respirasse normalmente, como fazia no dia-a-dia, e se observa essa respiração; depois pedimos que o paciente inicie uma respiração profunda, inspirando o máximo possível e soltando o ar o máximo possível; depois pedimos que o paciente faça a respiração em quatro tempos: inspiração profunda; pequena pausa; expiração rápida; pausa até nova vontade de inspirar; depois pedimos que o paciente faça uma vocalização na expiração, deixando que o ar vibre as pregas vocais e produza o som que tiver que produzir, sem muita preocupação com esse som. Continue reading

26 de janeiro de 2019 – terceira e quarta aulas de Análise do Caráter I

Por conta de uma impossibilidade de agendas, tivemos em janeiro aulas somente da disciplina Análise do Caráter I; em fevereiro, para compensar, teremos apenas aulas de Introdução ao Pensamento Reichiano. Isso estava decidido desde a reunião de formação de turma, que aconteceu em outubro, aonde são decididas as datas das aulas, então não foi surpresa para ninguém.

Apesar de já ter entendido que é uma boa ideia gravar as aulas para conseguir produzir melhores relatos posteriormente, acabei por não fazê-lo nesse dia; isso prejudicou muito a minha capacidade de produzir o relato dessa aula dupla, não sei explicar exatamente o motivo. Imagino que o meu cansaço, a didática do professor e o modo da aula foram os principais fatores – tive um início de ano complicado por conta de uma inflamação no ouvido e problemas pessoais; o professor tende a “aprofundar” certos tópicos que considera importantes mas sem necessariamente se prender ao texto; vim preparado para mais uma aula com leitura dos textos e, justo nessa, o modelo foi trocado e o professor decidiu trabalhar em cima das questões levantadas pelas alunas. Para não ficar sem o relato, vou transcrever aqui os trechos dos capítulos III e IV do livro Análise do Caráter que anotei – espero conseguir levar o gravador nas próximas aulas; além de fazer as vezes de relato dessa aula, esse formato também serve como um exemplo de como organizo as minhas anotações de leituras, ajudando a quem quiser entender como faço para estudar. Continue reading