06 de abril de 2019 – sexta aula de Introdução ao Pensamento Reichiano

O conteúdo dessa aula iniciou com uma recapitulação do último encontro, dos estudos de Reich com o potencial elétrico da pele, depois os seus estudos sobre bions (bions PA, Bacilos T e bions SAPA)., e a descoberta “por acidente” do princípio dos acumuladores, que eram caixas com camadas intercaladas de material orgânico (geralmente algodão) com metal; segundo a teoria de Reich, o metal seria um condutor de energia orgone, “puxando” a energia do seu entorno e conduzindo-a, enquanto o material orgânico seria um acumulador dessa mesma energia.

Seus experimentos com os acumuladores lhe levam a concluir que existia um aumento de temperatura no interior das caixas; motivado por esses experimentos inicia uma troca de correspondência com Albert Einstein e em 13 de janeiro de 1941 os dois se encontram. Os experimentos iniciais de Einstein com uma caixa enviada a ele por Reich constataram um aumento de temperatura, mas um de seus assistentes apontou um erro no processo experimental que poderia explicar essa variação de temperatura; Reich lhe escreve uma longa carta contendo relatos de seus procedimentos experimentais, pois estes não continham a mesma possibilidade de erro de execução como aqueles conduzidos por Einstein, mas após um período de silêncio este lhe respondeu que não possuía tempo para se dedicar aos achados de Reich. Continue reading

30 de março de 2019 – quinta aula de Introdução ao Pensamento Reichiano

Nessa aula continuamos a entrar no período da vida e obra reichiana ligadas à orgonomia, ou seja, o seu estudo da energia orgone.

O professor reforçou o que, para Reich, era a fórmula da vida: tensão → carga → descarga → relaxamento – esses movimentos se expressariam em uma pulsação, que Reich observou em todos os elementos vivos, desde organismos unicelulares até organismos mais complexos como os seres humanos. Fazendo seus estudos em Oslo, Reich desenvolve a ideia de que a carga elétrica encontrada no corpo humano é um efeito do fluxo de orgon que existe nesse mesmo corpo – ou seja, a bioeletricidade seria um efeito da bioenergia. Continue reading

16 de fevereiro de 2019 – terceira e quarta aulas de Introdução ao Pensamento Reichiano

Antes do início propriamente dito da aula o professor falou da importância de fazer uma contextualização histórica do pensamento reichiano para que possamos entender algumas questões que se colocam hoje, e trouxe o exemplo da homossexualidade: para Reich a potência orgástica plena não poderia ser alcançada em uma relação homossexual, entendendo a homossexualidade como um desvio da energia sexual; apesar disso, no campo político sempre lutou para que não houvesse repressão à homossexualidade. Segundo esse professor, os coordenadores do IFP não concordam com essa posição, dizendo inclusive que há algum diálogo para a criação de um seminário ou alguma coisa nesse sentido sobre esse assunto. Parece que existe alguma controvérsia sobre Reich ter repensado essa questão da homossexualidade no final da sua vida ou não. Para o professor, o problema é que colocar que a potência orgástica plena só pode ser atingida em uma relação heterossexual limita a uma questão anatômica e não engloba a questão energética; segundo ele “pode haver, entre duas pessoas do mesmo sexo, uma carga energética, uma descarga energética a nível de você estar… bem no seu fluxo energético”. Continue reading

01 de dezembro de 2018 – segunda aula de Introdução ao Pensamento Reichiano

Para a segunda aula de Introdução ao Pensamento Reichiano eu cheguei um pouco atrasado e, por isso, não peguei a conversa inicial e nem a apresentação do que seria trabalhado nesse encontro; ao longo da aula ficou evidente para mim que era uma aula sobre o viés político da vida de Reich.

Como sempre teve interesse nas temáticas sociais, Reich vai se aproximando dos psicanalistas ligados à educação, visto que a escola é um dos aparelhos estatais de repressão. Sua aproximação política inicial era com a social-democracia, mas em um evento ocorrido em 1927 em Schattendorf, onde um grupo de monarquistas atira numa pensão que abrigava membros do Partido Socialista, muda seu posicionamento. Esse grupo foi julgado inocente pelo judiciário, que era ligado à democracia cristã, e isso cria uma revolta popular com greves e agitações. Reich, saindo às ruas, observa que os policiais estão sendo chamados aos quartéis e sendo armados, enquanto que a social-democracia manda recolher a guarda popular (sua força paramilitar), não agindo então no massacre que se seguiu; Reich chega a questionar os membros da social-democracia sobre isso, eles apenas respondem “isso não é problema nosso”. No dia seguinte ao massacre Reich se filia ao partido comunista austríaco, pois foi o único que, segundo ele, teve uma atitude coerente e se aliou ao povo na revolta; devido ao seu interesse e prática, Reich se aloca na sessão sanitarista do partido. Continue reading

10 de Novembro de 2018 – Primeira aula de Introdução ao Pensamento Reichiano

A primeira aula que fiz no IFP foi do curso Introdução ao Pensamento Reichiano, o que me pareceu bem adequado; essa não é necessariamente a trajetória de todas as pessoas que entram na formação, pois podemos pensá-la como um conjunto circular de 5 módulos, cada um de seis meses e contendo dois cursos, o que pode fazer com que esse curso esteja no final da formação de alguém, possibilitando inclusive que nele aconteça a “última primeira aula” de alguém na formação do IFP, caso o curso seja oferecido no horário da tarde. Não me parece que existe um grande problema em ser dessa forma, mas fico feliz de ter iniciado dessa forma mais “na ordem”. Continue reading