12 de outubro de 2019 – sexta aula de Vegetoterapia I

A aula iniciou com o Pedro dizendo que ela seria sobre massagem, pois haviam feito esse pedido na aula anterior, e que, pensando, ele chegou à conclusão de que a principal preocupação com massagem no trabalho reichiano é atuar na respiração, então que ele focaria nisso. Apresentando alguns elementos teóricos antes da parte prática da aula, ele disse que o conceito de autorregulação é muito importante, pois para Reich o cerne biológico das pessoas busca sempre “estar bem”, a vida tem como essência a positividade. A partir disso, afirmou que não é o terapeuta que cura a pessoa, mas que o seu trabalho seria acessar essa autorregulação do sujeito para que o seu organismo se cure; a definição que ele trouxe de autorregulação foi “ajustes ininterruptos no fluxo para manter uma condição ótima de adaptação interna, que seria a coordenação das funcionalidades próprias do sujeito, e adaptação externa, trocas e adaptações com o meio circundante (…) é a habilidade do organismo, indivíduo, de manifestar e preservar a vida”. Continue reading

14 de setembro de 2019 – quinta aula de Vegetoterapia I

  Iniciamos a aula com o Pedro falando que apresentaria “alguma coisa nova” com a qual está entrando em contato e que, segundo ele, ajuda a entender “a dinâmica energética do corpo”; a partir disso, ele começou a falar um pouco sobre energia. O elemento mais básico da energia, para Reich, seria o pulsar, a contração e a expansão, que em outros momentos o próprio Pedro já definiu como sendo, também para o Reich, “a fórmula da vida”. Logo nessa introdução ele deu uma definição de simpático e parassimpático: Continue reading

10 de agosto de 2019 – quarta aula de Vegetoterapia I

O Pedro iniciou essa aula fazendo uma pequena revisão sobre os segmentos corporais, falando um pouco sobre as localizações, as superposições, as relações dos segmentos com alguns tipos de caráter e a relação dos segmentos uns com os outros (o corpo não é fragmentado; e eu interpreto que mesmo essa divisão em segmentos, que segundo o próprio Pedro não é encontrada no texto reichiano, não pode ser interpretada como algo objetivamente detectável na constituição física, mas mais como uma metáfora do funcionamento da relação soma psiquê). Reforçou a ideia de que as pessoas nascem com um quantum energético que não se altera durante a vida; esse é outro ponto que não consigo entender como as pessoas que trabalham com esse paradigma da energia conseguem manter em relação com outros pressupostos reichianos, e mesmo com o que dizem observar da realidade. Continue reading

13 de julho de 2019 – segunda e terceira aulas de Vegetoterapia I

  O Pedro iniciou essa aula fazendo uma rápida recapitulação do encontro anterior, em que falamos de couraças, que segundo ele ele teriam como principal caraterística o contraste entre as correntes vegetativas (quando a couraça se desfaz) e o encouraçamento. Reich, no Análise do Caráter, começa definindo as couraças como psíquicas, que seriam parte constituinte do caráter; mas ele foi percebendo que esse encouraçamento psíquico correspondia a um encouraçamento fisiológico também, o que no seguimento da sua teoria o leva a entender que esse encouraçamento se relaciona com as estases de energia também. Um bloqueio psíquico corresponde a um bloqueio somático. “Uma das formas mais encontradas de bloqueio é através da contração muscular – ao contrair os músculos de forma inconsciente diminui o fluxo dos líquidos e limita a capacidade respiratória e, portanto, diminui a produção energética”. Depois ele pediu que as pessoas trouxessem exemplos de correntes vegetativas, e apareceram como exemplos o peristaltismo, o arrepio de um calafrio, o orgasmo, o suspiro profundo, o bocejo, mudança de cor de pele, tosse sem motivo fisiológico, reflexo do vômito, coceira, sensação de agulhas no pé, eriçamento dos pelos, tremores. Continue reading

11 de maio de 2019 – primeira aula de Vegetoterapia I

Nesse curso iremos estudar conceitos que trabalham com a parte corporal da teoria reichiana, mas o enfoque das aulas será prático, fazendo trabalhos e embasando-os com a teoria. A bibliografia do curso será: os três últimos capítulos do livro “A Função do Orgasmo” de Reich (A Irrupção no Campo Biológico; O Reflexo do Orgasmo e a Técnica da Vegetoterapia da Análise do Caráter; Da Psicanálise à Biogênese) e um artigo do próprio professor chamado “Massagem Reichiana”, disponível no site do IFP.

O professor iniciou o conteúdo definindo neurose: “o conflito entre a pulsão e a nossa repressão. Para Freud, esse conflito era apenas psíquico, mas para Reich ele vai ter um ancoramento fisiológico. Disso surge a ideia de couraça biofísica: o somático tem uma influência no psíquico, mas o psíquico também tem uma influência no somático – ambos estão funcionalmente entrelaçados, quando algo acontece em um campo existe um reflexo no outro”. Ainda segundo o professor, há um entendimento equivocado desse fenômeno por algumas interpretações da psicossomática; a ideia de que, por exemplo, uma gripe foi causada por uma tristeza, é um exemplo dessa relação equivocada, como uma causa e efeito direta. Continue reading