16 de janeiro de 2021 – sexta aula de Seminários Clínicos

Como material para essa aula, o Henrique enviou para a turma um texto de sua autoria intitulado “O corpo na cidade: ansiedade e medo como campo de estudo da Psicanálise do sujeito urbano”, um artigo que, segundo ele, foi escrito para um colóquio entre a faculdade Santa Úrsula (onde ele já lecionou) e a Universidade de Sorbonne. É um artigo que traz uma proposta interessante, que acho bem apresentada no resumo do mesmo: “Este artigo procura discutir a possível relação entre as questões fóbicas do sujeito e o ambiente urbano. Parte do pressuposto que a construção das patologias se desenvolve na íntima relação entre a unidade psíquico-somática e o espaço social no qual o sujeito se constitui”. Continue reading

12 de dezembro de 2020 – quinta aula de Seminários Clínicos

Nessa aula, discutimos o livro “O Normal e o Patológico” de Georges Canguilhem; essa leitura nasceu de um questionamento que uma pessoa fez em uma aula anterior baseando-se nessa obra, e então o Henrique disse que não havia lido o livro e propôs que em uma aula essa pessoa então trouxesse uma apresentação das ideias do livro e que centrássemos a aula na discussão dessas ideias. Uma versão digital da obra pode ser encontrada nesse link: https://we.riseup.net/assets/695274/O+Normal+e+o+Patolo%CC%81gico+Georges+Canguilhem.pdf Continue reading

14 de novembro de 2020 – quarta aula de Seminários Clínicos

O Henrique iniciou a aula falando que falaria sobre “as questões da sexualidade feminina”, e que dividiria a mesma em duas partes: “o lugar da mulher nesse mundo que a gente viveu e como isso de alguma maneira fez com que ela aparecesse como uma questão importante para ser entendida pela Psicanálise freudiana e também dentro de um ponto de vista reichiano”. Marcou também que apresentaria as visões de acordo com o paradigma freudiano, então que não adiantava que fossem levantadas divergências, pois ele apresentaria a visão de Freud sobre a questão e como ela foi absorvida por Reich. Disse que relendo Reich para a preparação dessa aula achou incrível como este não possui quase nenhuma discussão sobre a questão da sexualidade feminina. Depois leu para nós o que disse ser um trecho de um poema escrito por Reich em 1938: “Não queremos proibir ninguém de viver sexualmente com um parceiro por toda a vida, mas não queremos forçar ninguém. A família deve ser uma continuidade alegre e não uma compulsão. A moralidade do dever produz exatamente o oposto do que pretende, a imoralidade. A mulher saudável não abraça um uniforme, mas um homem adorável. O homem não rouba o amor; ele o encontro, acorda e o encontra em outro lugar. Os amantes querem ficar sozinhos cada um no seu quarto”. Com esse poema fica evidente, se não por todo o resto, que Reich marca posições distintas para o homem e a mulher. Continue reading

10 de outubro de 2020 – terceira aula de Seminários Clínicos

   Para essa aula o Henrique enviou por e-mail três materiais: dois vídeos do Conselho Federal de Psicologia (disponíveis na plataforma YouTube) e um texto de sua autoria. Os vídeos, intitulados “Olhares Diversos – Psicologia e Diversidade” e “Psicologia e Diversidade – Somos Diversos”, falavam sobre a questão da sexualidade humana e sua relação com o campo da Psicologia através de duas construções: em uma, profissionais da área falavam sobre como a sua abordagem enxerga o assunto, e todos disseram que não há questão de certo ou errado em relação a isso; em outra, pessoas que não se encaixam no perfil heterossexual e cis gênero falam sobre as relações sociais entre sexualidade e gênero; ambos os vídeos são curtos e bem produzidos, mas não aprofundam a discussão (não que isso seja um desmérito, pois parece ser exatamente essa a intenção de quem os produziu). O texto, intitulado “Sexualidades e Cultura”, foi construído como guião para uma palestra ou apresentação, e por isso consistia de pontos pertinentes a uma discussão sobre a questão da sexualidade humana e sua diversidade na clínica psicoterapêutica. Continue reading

12 de setembro de 2020 – segunda aula de Seminários Clínicos

Para essa aula o Henrique enviou alguns dias antes dois materiais; o texto “Memória, Recordação E Ficção: a imagem fotográfica na clínica da Análise Psicorporal Reichiana”, escrito por ele e por quem acredito que foi seu orientador no doutorado, Ricardo Silva Kubrusly, e um vídeo chamado “Transcending Heidegger – The Cinema Of Terrence Malick”, um vídeo muito interessante que traz reflexões que interligam os dois autores, mostrando de uma forma muito bonita como o cinema também pode ser uma atividade filosófica – o vídeo está disponível na plataforma YouTube e tem legendas em português, recomendo fortemente que quem se interessar por cinema e/ou filosofia, ou mesmo quiser olhar as coisas de um ponto (talvez) novo, assista ao vídeo. Continue reading

22 de agosto de 2020 – primeira aula de Seminários Clínicos

Essa foi a primeira aula online que tivemos na formação que se realizou “inteira” – as aulas de encerramento do semestre anterior, que também foram online, foram divididas em duas partes. Eu estava um tanto apreensivo em relação a isso, pois as atividades que tenho feito online e por telefone até aqui tem sido cansativas, muito mais do que quando feitas presencialmente, então a ideia de um dia preenchido por videoconferências não parecia muito sedutora. Mas o Henrique, professor desse curso, criou um esquema que achei bem interessante de pausas, e penso que isso permitiu que a aula não ficasse cansativa: ele fez tempos decrescentes, primeiro com um momento de 90m e uma pausa de 15m, depois mais uma hora e outra pausa de 15m e um último segmento de 30m. Outra coisa que penso que ajudou nisso foi que nos intervalos eu efetivamente saia da frente do computador, ia para o quintal e ficava olhando para longe (um lindo ipê amarelo que estava florido perto de casa ajudou bastante nisso), além de me esticar um pouco, estar sempre me hidratando e coisas assim. Se o meio muda é importante que as estratégias mudem também; isso vale para tanta coisa e, mesmo assim, ignoramos demais a potência dessa ideia. Continue reading