02 de dezembro de 2018 – segunda aula de Oficina do Corpo IV

A aula se pautou em um exercício muito similar ao da aula anterior, que foi a formação de duplas, uma pessoa fazendo o papel de terapeuta e a outra de paciente, o professor vai passando instruções ao terapeuta para que ele conduza o trabalho com o paciente. A ideia, me parece, é conduzir a pessoa à respiração em quatro etapas proposta por Reich: inspiração lenta; pequena pausa; expiração rápida; pausa até que venha a necessidade de inspirar. Dessa vez, contudo, o exercício teve duas coisas diferentes: primeiro, em um momento específico, o terapeuta deveria pedir ao paciente que, ao soltar o ar, fizesse uma vocalização, sem necessariamente ter um som específico, apenas deixando que o ar vibrasse as pregas vocais produzindo som; segundo, também em um momento específico, o terapeuta deveria colocar o dedo indicador e médio no diafragma do paciente, primeiro buscando apenas localizá-lo e depois buscando fazer uma pequena pressão. Fora esses dois pontos, o exercício seguiu como da primeira aula, tendo o revezamento das funções na dupla e a roda final de impressões. Continue reading

01 de dezembro de 2018 – segunda aula de Análise do Caráter I

As aulas de Análise do Caráter I, com esse professor, parecem que sempre seguirão o roteiro de leitura e comentários. Por um lado, isso é importante, pois nos coloca o tempo todo o texto como referência e evita que “fugas” muito grandes ocorram; por outro lado é um tanto de desperdício de tempo, pois supondo que as pessoas leram o conteúdo em casa (o que é pedido), ficar fazendo uma nova leitura parece apenas dobrar esse esforço e não introduzir algo novo. Certamente a leitura coletiva contando com a presença do professor, que conhece bem a obra e trabalha com Análise do Caráter, é fundamental, não é o mesmo que ler sozinho mas, não sei, sinto que uma metodologia melhor poderia ser procurada. Na segunda metade dessa aula cheguei a propor que trabalhássemos em cima das dúvidas e anotações das pessoas, mas como só eu havia feito anotações o modelo não funcionou bem. Nessa aula nós trabalhamos os dois primeiros capítulos do livro. Continue reading

01 de dezembro de 2018 – segunda aula de Introdução ao Pensamento Reichiano

Para a segunda aula de Introdução ao Pensamento Reichiano eu cheguei um pouco atrasado e, por isso, não peguei a conversa inicial e nem a apresentação do que seria trabalhado nesse encontro; ao longo da aula ficou evidente para mim que era uma aula sobre o viés político da vida de Reich.

Como sempre teve interesse nas temáticas sociais, Reich vai se aproximando dos psicanalistas ligados à educação, visto que a escola é um dos aparelhos estatais de repressão. Sua aproximação política inicial era com a social-democracia, mas em um evento ocorrido em 1927 em Schattendorf, onde um grupo de monarquistas atira numa pensão que abrigava membros do Partido Socialista, muda seu posicionamento. Esse grupo foi julgado inocente pelo judiciário, que era ligado à democracia cristã, e isso cria uma revolta popular com greves e agitações. Reich, saindo às ruas, observa que os policiais estão sendo chamados aos quartéis e sendo armados, enquanto que a social-democracia manda recolher a guarda popular (sua força paramilitar), não agindo então no massacre que se seguiu; Reich chega a questionar os membros da social-democracia sobre isso, eles apenas respondem “isso não é problema nosso”. No dia seguinte ao massacre Reich se filia ao partido comunista austríaco, pois foi o único que, segundo ele, teve uma atitude coerente e se aliou ao povo na revolta; devido ao seu interesse e prática, Reich se aloca na sessão sanitarista do partido. Continue reading