Mudanças no Projeto

Olá, como vocês estão?

Antes de qualquer coisa, se realmente tem alguém lendo isso aqui, eu gostaria muito que você deixasse um comentário com a sua opinião – ou pelo menos pra dar um “olá” e eu saber que você passou por aqui. Pode ser?

RESUMO DA POSTAGEM

Houveram algumas mudanças recentes no Projeto e gostaríamos de registrá-las aqui para que todas possam ter ciência disso e, assim, evitar qualquer possível mal-entendido ou algo que o valha. Como sabemos que isso pode não interessar profundamente, fazemos um resumo tópico logo abaixo:

– O Projeto mudou de nome;

– Novo sistema de metas e recompensas mais simples;

– Novo cálculo para a primeira meta;

– Possível grupo de WhatsApp do Projeto

POSTAGEM COMPLETA

Há alguns meses eu venho pensando no que fazer para que o Projeto ganhe alguma vida, pois, infelizmente, ele vem tendo cada vez menos interação das pessoas: menos contribuidoras, menos assuntos, menos alcance… Acaba que infelizmente nos acostumamos quando as coisas estão indo razoavelmente bem, mesmo com prenúncio de que não continuarão assim, e tive esse comportamento em relação ao Projeto – como o financiamento coletivo estava fechando as projeções mensais, eu estava tranquilo e me dedicando muito mais à formação do que à propaganda do Projeto, estudando muito mais do que tentando conseguir novas pessoas para apoiarem financeiramente o Projeto – não parece algo tão ruim assim, mas acaba que é.

Com isso, no mês passado (setembro de 2019) não atingimos a nossa meta mensal e, na verdade, ficamos bem abaixo disso, com 77,19% do necessário – conforme eu vinha apontando em todas as prestações de conta, ter as metas atingidas com poucas apoiadoras trás esse perigo, basta uma não contribuir em um mês e temos um buraco. Por conta desse susto, resolvi acelerar esse processo de pensar-e-fazer para tentar novamente trazer um fôlego para o Projeto. Assim, tomei algumas decisões e fiz algumas coisas, entre elas:

  – Mudamos o nome do Projeto: ele agora se chama Grupelho de Apoio Mútuo Eudaimonia.

O nome “Galera Ajudando o Marcus a Estudar” nasceu da necessidade de ter logo um nome para poder criar o blog e iniciar a divulgação do Projeto; e, efetivamente, ele inicialmente era apenas a ideia de que as pessoas pudessem contribuir com um valor que não lhes fizesse diferença para que eu pudesse custear a minha formação. Mas mesmo nos momentos iniciais do Projeto essa ideia deu uma amadurecida e se transformou nas metas de curto, médio e longo prazo (que você pode conferir na página Recompensas e Metas). Assim, o nome já não fazia mais tanto sentido com a proposta, representando, no máximo, 1/3 dela – mas como o blog já estava criado e a atenção estava voltada para a divulgação e comunicação com o maior número de pessoas possível, deixamos assim.

O novo nome do Projeto se baseia em três pilares:

– A palavra “Grupelho” foi escolhida ao invés de “grupo” por conta do texto “Somos Todos Grupelhos”, de Félix Guattari, que pode ser encontrado em seu livro “Revolução Molecular” ou em vários espaços pela internet (como, por exemplo, em http://escolanomade.org/2016/02/25/guattari-somos-todos-grupelhos/). É a ideia de combater toda a paranoia unitária e totalizante, de entender a possibilidade de construção de alternativas não necessariamente nos grupos, mas nos grupelhos. E isso ao mesmo tempo que fazemos o gostoso exercício de ressignificar uma palavra – antes usada pejorativamente, aqui entendemos “grupelho” como um elogio. Como proposta que busca romper com um certo elitismo presente no campo das psicoterapias, constituímos então um Grupelho.

– A ideia de “Apoio Mútuo” presente nos movimentos libertários, uma voluntária troca de recursos e serviços aonde todas as partes saem ganhando. O anarquista Piotr Kropotkin escreveu um livro somente sobre essa ideia, traduzido em português como “Ajuda Mútua: um fator de evolução” (que você pode ver em https://we.riseup.net/assets/160386/Kropotkin-Ajuda-Mutua.pdf se quiser), aonde vai mostrar como o Apoio Mútuo é muito mais relevante para o processo evolutivo do que a competição. Nosso Projeto se assenta nessa ideia para construir a sua proposta de financiamento coletivo: aquelas pessoas que desejam ver um mundo mais justo no campo da saúde mental mas não dispoẽm de tempo para agir diretamente nisso fornecem recursos para aquelas pessoas que querem agir diretamente nesse campo mas justamente não possuem os recursos para tal.

– O conceito de Eudaimonia (do grego antigo εὐδαιμονία), que significa literalmente “estado de alguém habitado por um bom daemon” (daemon seria, em comparação rasa, seres semelhantes aos gênios das mitologias árabes), e que pode ser entendido como a vida em um estado ótimo de funcionamento, um bem-estar que toma a  existência da pessoa. Acredito que, com essa descrição, fica fácil entender o motivo da escolha desse conceito para dar nome ao nosso Projeto.

Refizemos o sistema de Recompensas e Metas

Como as coisas não aconteceram conforme esperávamos em relação ao Projeto, não fazia nenhum sentido manter as Metas e as Recompensas que estabelecemos para o mesmo. Assim, tiramos qualquer subordinação de construção de evento (como palestras, oficinas, cine debates etc.) ao alcance de alguma meta – se alguém quiser construir uma atividade desse tipo em conjunto com o nosso Projeto, basta dizer que vamos ver como fazê-lo!

Além disso, as coisas ficaram mais simples agora: no momento em que escrevo isso (18/10/19), temos duas metas “ativas” (“Formação Garantida”, que busca custear os gastos com a formação e passagens; e “A Vingança dos Analógicos”, que objetiva publicar em um livro parte do material textual produzido durante essa fase do Projeto), e duas metas “inativas” (a construção da clínica social a médio prazo e a criação de um curso de formação a longo prazo); as ativas são aquelas nas quais faz sentido dedicar a nossa atenção agora, enquanto as inativas são aquelas que dependem da conclusão de algumas etapas para receberem essa atenção – mas a intenção de alcançá-las já está sinalizada!

Recalculamos os custos da primeira meta

Os cursos do IFP sofrem um reajuste anual (como isso não foi avisado com antecedência, fomos pegos de surpresa), uma passagem ficou R$0,10 mais barata, a outra R$0,30 mais cara… com esse cenário, as contas que havíamos feito inicialmente perderam a sua validade, e a imprevisibilidade de certos aumentos torna complicada qualquer tentativa de previsão. Mas fizemos os cálculos conforme deu e o apresentamos na página “Recompensas e Metas“.

Vamos criar um grupo de WhatsApp para o Projeto

Embora eu (Marcus) continue sem desejar utilizar essas redes sociais e demais ferramentas, hoje em dia essa é a forma que as pessoas estão conseguindo um mínimo de comunicação, então vamos ver se criando um grupo para comunicar as atividades do Projeto e lembrar as pessoas da sua existência conseguimos mais contribuidoras para o nosso financiamento coletivo e mais pessoas envolvidas diretamente com o Projeto, seja da forma que for.

Como exatamente isso vai ser feito ainda está sendo pensado, pois há a preocupação de que esse grupo vire mais um “grupo do bom dia” e, assim, o seu objetivo seja desvirtuado – alguém que se interesse por notícias do Projeto, por exemplo, pode se incomodar com o fluxo de mensagens que não tenham relação com o mesmo e silenciar ou sair do grupo. Essa será uma experiência, sem caráter necessário ou perpétuo, para observarmos os resultados que advenham dela.

 

Acredito que, no momento, é isso. Espero que tenha conseguido explicar o necessário sem chatear muito ninguém. Se mantenham hidratadas.